Alta do delivery impulsiona mercado das “dark kitchens”

 

Pedir comida sem sair de casa já virou parte da rotina do brasileiro. Segundo dados da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), o delivery  de alimentação movimentou R$ 18 bilhões no país somente em 2020, impulsionado pelas medidas de prevenção à pandemia de Covid-19, que manteve os restaurantes fechados ou com restrição de atendimento durante meses. E mesmo com a volta do atendimento presencial, a expectativa é de um crescimento anual médio de 7,64% até 2024.

A alta tem impulsionado também outra tendência de mercado, a das operações que funcionam exclusivamente pelo delivery, conhecidas também por “dark kitchens”, “ghost kitchens” ou “cloud kitchens”. Elas já estavam presentes em muitas capitais brasileiras, antes mesmo da pandemia. Surgiram com o crescimento do delivery, que em 2019 já faturava R$ 15 bilhões, uma alta de 20% em relação ao ano anterior, segundo a Abrasel. Agora ganham mais força e prometem conquistar o interior.

De olho nessa tendência, o grupo Bloomin´Brands, detentor das marcas Outback Steakhouse e Abbraccio, trouxe para o Brasil a Aussie Grill, marca 100% virtual que começou em setembro de 2020 atendendo apenas uma região da cidade de São Paulo e atualmente possui 68 operações em todo o país, incluindo cidades do interior paulista, como Campinas e Piracicaba.

A marca tem a proteína de frango como carro-chefe do menu e traz em suas opções de pratos e sanduíches o conceito Sweet and Spicy, marcado por misturar ingredientes frescos e um toque de picância com um leve dulçor. A marca transborda personalidade jovial e combinações inusitadas de temperos marcantes, que criam sabores intensos, transformando a experiência de comer em entretenimento.

As operações de Aussie Grill em Campinas e Piracicaba estão localizadas nos shoppings Iguatemi, Parque D. Pedro, Galleria e Shopping Piracicaba, atendendo a inúmeros bairros das  duas cidades, com pedidos exclusivamente pelo iFood. 

Mas afinal, o que é uma dark kitchen?

Não se sabe ao certo quando surgiu o conceito de dark kitchen, mas acredita-se que foi há pelo menos 30 anos nos Estados Unidos, onde empreendedores adotaram contêineres para fazer pratos apenas para entregas. Porém, foi a popularização dos aplicativos de comida que intensificou a procura por esse negócio. Além, é claro, do impulsionamento da pandemia. 

O modelo, originário nos Estados Unidos, nada mais é do que uma cozinha fechada, nas quais os funcionários preparam refeições exclusivamente para o serviço de delivery. Por isso, as Dark Kitchens não contam com instalações para refeição no local. Apenas cozinhas com chefs, cozinheiros e entregadores, incluindo terceiros de aplicativos de entrega.  

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